01 maio, 2010

no fundo todo mundo sabe até onde aguenta. chega uma hora que não dá mais. é o final do corredor. a passagem se torna pequena, as paredes altas demais quase impossível destruí-las. nesse ponto, de esgotamento, as pessoas dizem que eu fujo. eu não quero fingir. não vou fingir. é a mais pura verdade isso. eu fujo. só que essa fuga não transforma minhas dores menores nem leva minhas alegrias embora. eu só preciso fugir pra qualquer lugar que me caiba, que eu possa morar dentro de mim como um dia eles fizeram. eu quero ir, pouco me importa como eu vou chegar lá. eu ando farta de destruir sozinha tudo que eu construo, tijolo por tijolo. tenho vontade de dar um salto por cima das paredes altas do corredor e cair do lado de lá. bem grandona. do tamanho que eu queria ser.

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