13 novembro, 2010

Pequena demais

Você é chata. E insegura. Tem um romantismo que faz engasgar. Cansa. É completamente natural que eles se afastem. Você começa a sonhar em excesso. Ultrapassa todos os limites estipulados por quem nasceu sem asas. Acha que já se nasce uma borboleta. Você esquece do crescimento. Dos passos. Do tempo. Vá respirar. Vá correr pelas ruas na chuva. Sozinha. No escuro. Sem música. Desfaça essa dependência. Já não existe ligação... Só essa abstração que você insiste em dizer que é profunda. Fica aí cavando esse seu buraco e não vira o pescoço pra ver que na superfície as raízes estão crescendo. Ignorante com um diploma na bolsa. Nada sabe. E ainda pensa que pode ensinar. Você entra em crise pela simples falta da própria voz e depois tem a coragem de dizer que entende de coisas simples. Falsa. Quer mostrar a beleza lá fora e quando entra no quarto sente vergonha ao se olhar no espelho. Desconstrói. Quebra. Busca tanto que se perde. Quer agarrar qualquer coisa que se encaixe nos próprios desejos. Não sabe viver só. Acredita em qualquer palavra dita, mas no fundo sabe que são só palavras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário